Descubra como foi nossa experiência até a nossa jornada de captura.
O UXtation
Somos um coletivo com interesse de compartilhar experiências, conhecimentos e práticas que englobam, não apenas o ux/ui design, mas o design como um todo. O UXtation foi criado como uma conexão entre pessoas de diferentes mundos que também foram abduzidas.
“Busquem conhecimento” — ET Bilu
Introdução
Com a transformação digital, sabemos que o mercado de tecnologia cresce cada vez mais e suas áreas correlatas são as mais requisitadas nos últimos anos. Muitas empresas estão mudando o formato de suas equipes, dando espaço para novas ideias e novos formatos de gestão, pensando além de estratégias de negócios, colocando o usuário e suas necessidades no centro das soluções.
Neste artigo iremos relatar nossas jornadas e todas as experiências profissionais, que nos trouxeram ao nosso momento de carreira atual e que somam ao nosso repertório na área.
O time
Somos 3 designers e trabalhamos atualmente na Fábrica de Software Iterative, uma consultoria de TI, dinâmica e moderna, em plena ascensão, e representamos a empresa na ConectCar, uma tech de mobilidade urbana, que trabalha com meio de pagamento eletrônico, atuando na abertura de cancelas de pedágios e estacionamentos, que conecta diversas tecnologias para simplificar o ir e vir das pessoas, proporcionando uma experiência fluida, digital, transparente e personalizada. Atuamos de maneira cross, ou seja, desenvolvemos soluções criativas e estratégicas para diversas squads, tendo contato direto com agilistas, POs, desenvolvedores, gerentes e diretores.
Diego Camilo
“Sou o Diego, todo mundo me chama de Curumim, tenho 32 anos e moro em Fortaleza. Tenho um gato chamado Keb e um cachorro chamado Horus, sou formato em TI, gosto de jogar no pc, ler, pratico kung fu e ando de skate.
Sempre fui muito curioso, minha história na área começou em meados de 2005 com meu primeiro contato com um computador e design. Ingressei em uma ONG chamada Fábrica de Iboamagens, onde fiz um curso de web design e usávamos os saudosos flash, corel, dreamweaver e photoshop.
No começo da minha carreira atuei alguns anos como web designer e também lecionando aulas de informática para os jovens de periferia onde eu cresci.
Comecei a trabalhar em agências de publicidade e fui aprofundando na área do desenvolvimento, passei a atuar como Desenvolvedor Web WordPress/PHP. Após anos como front-end, comecei a liderar pequenos times na área de desenvolvimento e ingressei na faculdade para cursar TI, porém nessa época eu sentia muita falta de atuar diretamente com design, para voltar para a área criei alguns projetos próprios:
- Um deles foi a Rádio Ponto Alternativo, fundada em 2010 e ficou online até 2016. Nós e o extinto site Trama Virtual fomos os primeiros sites a permitir que bandas e artistas independentes divulgassem seu trabalho, além de disputar os mesmos ouvintes haha. Com a Rádio chegamos a mais de 30 paises e tivemos mais de 500 bandas independentes cadastradas, aprimorei minhas habilidades como designer, o contato direto com diversos tipos de usuários e desafios que demandava um projeto desses transformou minha carreira e minhas habilidades;
- Outro projeto que destaco foi o Laculá, criado em meados de 2016, ficando no ar até 2019, foi uma plataforma de busca completa, onde com poucos cliques eram encontradas centenas de empresas, locais e e profissionais. Tivemos mais de mil empresas cadastradas no estado, nesses projetos eu comecei a focar muito mais em design, arquitetura de informação e a parar de desenvolver;
Atuei em outros projetos e freelas mais pontuais com times pelo Brasil a fora, até que fui trabalhar no setor de criação de uma agência atuando como diretor de arte, lá eu pude aprender muito sobre publicidade e direção de arte, gostei muito dessa área do design em particular. Tempos depois eu migrei para o setor de inovação, lá eu trabalhava diretamente com 3 startups. Contudo, sentia falta de atuar com um time maior. Nesse período, consegui trabalhar e aprender mais sobre time de produtos e métodos ágeis. Nesse tempo foquei muito em UI e arquitetura de informação.
Recentemente entrei na Iterative, atuando diretamente como UX designer na ConectCar para ajudar a construir o time e tracionar na resolução dos desafios, criar e manter o Design System, melhorar os produtos existentes e ajudar na evolução de outros designers. O foco é em construir produtos que tornem a experiência do usuário algo positivo, que possuam usabilidade, buscando encontrar soluções para as necessidades de negócio e usuários são o meu norte”.
Luana Conde
“Sou Luana e moro atualmente no sul do estado do RJ, região Sul Fluminense, sou formada em Design e hoje faço pós-graduação em UX pela UAM. Desde muito nova eu era conhecida por estragar meus brinquedos, leia-se estragar como: desmontar todos os presentes que recebia para tentar remontá-los de outras maneiras mais interessantes. Claro que nunca era na pior das intenções, eu era uma criança muito engenhosa, artística e sempre criava desafios comigo mesma, desmontava as coisas pra entender como funcionava por dentro e para saber se eu era capaz de remontar em menos tempo. A partir disso, me tornei curiosa por ciências exatas. Matemática, física e química eram, infelizmente, as matérias que eu mais apreciava no colégio e as quais eu tinha mais facilidade, claramente meus pais super apoiavam, e com isso logo imaginei que faria algo futuramente nessa área.
Quando ganhei meu primeiro computador com 16 anos, tive meu primeiro contato com o design. Naquela época eu usava o famoso Photoscape e o Photoshop Cs, e por mais clichê que pareça, foi amor a primeira vista. Eu passava horas seguindo tutoriais no youtube, criando efeitos de luz nas fotos, mudando de cor, distorcendo e me divertindo com algumas montagens. No mesmo ano resolvi prestar o meu primeiro freela de design gráfico, mas em contraponto sempre continuei achando que fosse me especializar em algo voltado para ciências exatas, já que tinha muita facilidade e prazer em resolver problemas matemáticos e lógicos. Aos meus 18, ganhei uma bolsa para a faculdade de engenharia e cursei por 2 anos, mas me senti deslocada e extremamente incomodada por não ter nenhuma liberdade ao desenvolver soluções, então percebi que precisaria me arriscar em outra área.
Enquanto isso, lá se foram 10 anos trabalhando como designer gráfico, para agências de marketing e propaganda, agências de audiovisual, gráficas, até mesmo eventos da região, campanhas eleitorais e lançamentos de produtos e serviços. Fazia de tudo um pouco mas nunca estava satisfeita com meu trabalho por ele simplesmente ser bonito visualmente. Sempre tentava seguir processos específicos para todos os projetos que eu desenvolvia, ou seja, eu já fazia design antes mesmo de saber o que era isso, porém, eu sentia que meu trabalho e eu como profissional, éramos totalmente desvalorizados, eu era uma simples pasteleira, fazendo tudo pra ontem e sem questionar. Ao entrar na faculdade de Design, percebi que eu finalmente estava no lugar certo.
Toda essa bagagem de experiências, conhecimentos, contato com pessoas de visões totalmente diferentes da minha, lidando com demandas sem nenhum tipo de priorização, os brinquedos desmontados há mais de 20 anos e aquela vontade primordial de resolver problemas, era o Design. No ultimo ano da faculdade, me aprofundei totalmente na área de produto e entendi que meu lugar era no UX. Hoje, finalmente já tenho uma certa bagagem e procuro sempre me aperfeiçoar para auxiliar a conexão de pessoas com produtos, estudando, analisando e investigando todos os pontos de contato dessa experiência como um todo, para saber exatamente o que remontar da maneira mais interessante.”
Rafael Marujo
“Olá! Sou o Rafael, mais conhecido como Marujo. Tenho 32 anos, moro no interior de SP e tenho uma filhinha de 3 anos, chamada Serena. Atualmente faço parte do time de UX da ConectCar e algumas vezes atuo em projetos de design como freela.
Desde adolescente, o design sempre despertou curiosidade em mim. Comecei minha trajetória trabalhando em agências de publicidade, como assistente de arte. Trabalhei cerca de 5 anos com direção de arte, até que resolvi abandonar tudo e ir viajar para a Austrália. Após 7 meses viajando e adquirindo experiência de vida, resolvi retornar ao Brasil.
Demorei cerca de 2 anos para me inserir de novo no mercado de trabalho. Foi aí que recebi a proposta de trabalhar em uma empresa de Dermocosméticos chamada Bioage. O cargo era para atuar como designer gráfico e o desafio era trabalhar em uma equipe pequena com muitos profissionais jovens.
A Bioage tinha como objetivo tornar-se a marca com a maior presença digital no segmento. O começo é sempre muito difícil pois nada está feito e validado. Muitas vezes você acaba sendo o primeiro a fazer, não tendo muitas referências para seguir. Porém, também é um momento onde a experimentação e a criação estão presentes na maioria dos trabalhos, proporcionando um aprendizado instantâneo. Como na época a empresa estava com muitos profissionais jovens, a troca de informação e experiência era muito rica.
Como eu trabalhava no time de marketing da companhia como Designer Gráfico, muitas vezes eu ajudava o time de tecnologia (P.O / Programadores) nas partes visuais dos produtos, pois o time não possui nenhum UX/UI dedicado.
Após 2 anos, a empresa sentiu a necessidade de desenvolver um aplicativo. Foi aí que nasceu de fato a cadeira de UX/UI dentro da companhia! Uma profissional foi contratada para trabalhar junto do time de desenvolvedores, com o objetivo de criar esse aplicativo. Conversando com ela, pude enxergar uma possibilidade de migrar de carreira, pois muitos dos princípios que havia estudado no design gráfico, se aplicavam dentro da área.
O mercado de tecnologia é muito rotativo e com a Bioage não foi diferente. Após alguns meses, a UX/UI da Bioage recebeu uma proposta para trabalhar com outro produto e acabou deixando livre a cadeira. Foi aí que houve a virada de chave na minha carreira.
Eu não estava muito contente com o que eu estava fazendo, o design gráfico já não era mais valorizado como antes. Muitas demandas de ontem para hoje, que faziam com que eu me sentisse como um robô, apenas recebendo demandas e entregando. Criei coragem e conversei com o CEO que comandava o time de tecnologia. Expliquei para ele o meu momento e que gostaria de assumir a cadeira que estava vaga de UX/UI. Tiro na mosca! Foi aí que comecei na área de UX…”
Conclusão
Cada um possui experiências e conhecimentos em áreas diversas, o que nos torna um time plural, com uma visão holística de todos os processos do design. Isso auxilia na nossa rotina de analise de jornada, estudo de mercado e pesquisa em geral, levando sempre em consideração a visão do usuário e os requisitos de negócio, dentro da empresa em que atuamos hoje.
Se você é entusiasta da área de UX/UI Design, acompanhe a UXtation e não perca a nossa próxima parada, onde compartilharemos nosso dia a dia, práticas e dicas voltadas para a área do Design.
Deixem seus comentários, feedbacks e/ou dúvidas, adoraríamos ouvir o que vocês tem a compartilhar conosco!
